terça-feira, 2 de março de 2010

Patriarca de Jerusalém sobre a União das Igrejas: Amor *E* Verdade


Uma visita dos bispos da igreja católica romana alemã ao Patriarcado de Jerusalém

do website do Patriarcado de Jerusalém

Traduzido para o inglês pelo site OODE: http://www.oodegr.com/english/papismos/GermanBishopsVisit.htm

Traduzido do inglês para o português por Fabio L. Leite a partir do website: http://www.impantokratoros.gr/root.en.aspx


Gregoriano (16/09/2009)/Juliano(03/09/2009)


Na quarta-feira, 03/16-09-2009, Sua Beatitude o Patriarca de Jerusalém Teófilos III foi visitado pelo Dr. Gerhard Ludwig Müller, Bispo de Regensburg, Dr. Heinrich Mussinghoff, Bispo de Aechen e pelo Dr. Gerhard Feige, Bispo de Magdeburgo da Igreja Católica Romana, juntos com um pequeno grupo de acompanhantes, no contexto de suas visitas missionárias à Terra Santa, com o fim de conhecerem as Igrejas do Oriente Médio e reforçar a presença cristã naquele território.

O Bispo de Regensburgo, Dr. Gerhard Ludwig Müller, quando dirigindo-se à Sua Beatitude, fez referências à contribuição do Patriarcado de Jerusalém à teologia da Igreja através de seu posicionamento no apoio ao dogma cristológico do 4 Concílio Ecumênico de Calcedônia em 451 AC, quando o Patriarca Sofrônios que defendera as duas vontades e energias de Nosso Senhor Jesus Cristo, o posicionamento do Patriarca de Jerusalém durante a disputa Iconomáquica e também durante o corrente diálogo teológico com a Igreja Católica Romana.

Ele então entregou à Sua Beatitude a medalha do Instituto de Regensburgo pelo ensino da língua alemã para estudantes originários das Igrejas orientais. O Diretor Interino deste instituto, o clérigo Dr. Nikolaus Wyrwoll, era um dos acompanhantes no grupo de arciprestes católico-romanos.

Em sua resposta, Sua Beatitude deu as boas-vindas a Jerusalém ao Bispo de Regensburgo, Dr. Müller e seu grupo ; ele os agradeceu por suas palavras a respeito do posicionamento do Patriarcado de Jerusalém durante os períodos de crise na Igreja, assim como por sua colaboração em favor da união das Igrejas.

“Sua visita”, disse Sua Beatitude, “é significativa para a presença cristã na Terra Santa; é uma visita de solidariedade. Vocês têm familiaridade com os dogmas da Igreja e com a história eclesiástica. Também estão familiarizados com a atual situação política. Nós, entretanto, vivemos dentro dela. Existe aqui uma conhecida situação política e religiosa, com suas respectivas conseqüências. Nosso Patriarcado tem, ao longo das eras, cultivado um espírito de coexistência pacífica com o Islã e o Judaísmo. Não estamos falando de diálogo, ou de uma relação, mas de coexistência. Respeitamos os locais sagrados de peregrinação de todas as três religiões. A própria Jerusalém é uma Cidade Santa para todas as três. Jerusalém foi santificada pelo sangue dos profetas e de Jesus Cristo. Há espaço para os seguidores das três religiões. A resolução política do problema de Jerusalém é da alçada de outros. Nosso dever é preservar a singularidade espiritual de Jerusalém. A diminuição do elemento cristão não nos assusta: ‘não temais, Ó pequeno rebanho’ (S. Lc. 12:32). Todos estão familiarizados com a contribuição e a ajuda oferecidas pelo elemento cristão aqui. Em paralelo, entretanto, os cristãos também necessitam de ajuda e apoio. Estes já foram, às vezes, chamados de uma ‘comunidade’ – uma referência que não é válida, já que os cristãos daqui são nativos. Quanto ao diálogo teológico, somos a favor; entretanto, não o aguardamos com ansiedade. Acreditamos que devemos nos esforçar por uma unidade de fé, e não uma unidade de administração.”

Continuando sua fala, Sua Beatitude disse que o diálogo eclesiástico devia incluir também os monges, os quais não confundem ‘especulação com revelação’; eles sabem que o Cristianismo não envolve especulação. Eles sabem o que a verdade é: que o objetivo de um cristão é a deificação.  Os representantes do diálogo teológico entre as igrejas e os líderes das igrejas deveriam ficar felizes se ambos os níveis do diálogo coexistirem, isto é, o amor e a verdade. Não o amor sozinho.
Sua Beatitude enfatizou que já é hora de ambas as Igrejas examinarem o que as dividem, e não apenas os elementos que as unem.

“Os elementos que as unem já foram exaustivamente discutidos. O início da nossa unidade na fé se encontra no reconhecimento das nossas fraquezas. Já é hora de operarmos em nossas feridas.”

Do Secretariado-Mor

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