sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Igrejas Ortodoxas Canônicas do Brasil



Amigos,

compartilho com vocês uma tabela que fiz com todas as jurisdições canônicas da Igreja Ortodoxa que estão atuantes no Brasil. 

Infelizmente, existem pessoas que se aproveitam de a Igreja Ortodoxa ser pouco conhecida no Brasil para "inventar" suas próprias igrejas ou se dizer ligadas a igrejas que de fato não estão ligados. Existem também, é claro, representantes no Brasil de igrejas separadas da Igreja Ortodoxa, seja recentemente ou desde o primeiro milênio, e mesmo assim apresentam-se como se fossem Ortodoxos.

Para evitar todas estas confusões, nesta ante-véspera do Domingo do Triunfo da Ortodoxia, envio-lhes esta tabela com as jurisdições que realmente são ortodoxas, com respectivos hierarcas responsáveis e reconhecidos. Não existe instituição ou jurisdição ortodoxa no Brasil que não esteja ligada a eles. Evidentemente no futuro poderão haver outras jurisdições ortodoxas canônicas, de outros patriarcados ou igrejas canônicas, mas, no momento, são apenas os que seguem abaixo. Quem não está em uma destas igrejas, ligado a um destes bispos, não é ortodoxo, então muito cuidado com os falsos ortodoxos por aí.


Jurisdições Canônicas da Igreja Ortodoxa Presentes no Brasil

Patriarcado de Constantinopla
Patriarca Bartolomeu I

As igrejas grega e ucraniana, no Brasil, estão filiadas ao Patriarcado de Constantinopla.
Arquidiocese Greco-Ortodoxa
da América do Sul

Metropolita Dom Tarásios
Baseado em Buenos Aires, Argentina

Eparquia Ortodoxa Ucraniana
da América do Sul

Arcebispo Dom Jeremias
Baseado em Curitiba, Paraná

Patriarcado de Antioquia
Patriarca Inácio IV

O Vicariato Patriarcal é uma paróquia diretamente vinculada ao Patriarca.
Arquidiocese Ortodoxa Antioquena
de São Paulo e todo o Brasil

Metropolita Dom Damaskinos
Baseado em São Paulo, SP

Vicariato Patriarcal Antioqueno
do Rio de Janeiro

Responsável: Arquimandrita Inácio
Baseado no Rio de Janeiro, RJ

Patriarcado de Moscou
Patriarca Cirilo
Diocese Ortodoxa Russa
da América do Sul

Bispo Dom Platão
Baseado em Buenos Aires, Argentina

Igreja Ortodoxa Russa no Exílio
Metropolita Hilarion

A Igreja Ortodoxa Russa no Exílio está em plena comunhão com o Patriarcado de Moscou. Infelizmente as paróquias que ela tinha no Brasil entraram em cisma em 2007 por serem contra essa comunhão. Por isso, até que retornem, ou novas paróquias sejam criadas, estamos sem representações desta Igreja no Brasil até o momento.

Diocese da Igreja Ortodoxa Russa no Exílio da América do Sul

Bispo Dom João
Baseado em Buenos Aires, Argentina

Patriarcado da Sérvia
Patriarca Irineu

As missões sérvia e polonesa (abaixo) caracterizam-se por serem grupos predominantemente missionários, isto é, tencionam ver a Igreja se expandir no Brasil até chegarmos a ter uma Ortodoxia brasileira como temos russa, árabe, ucraniana e grega.

Diocese Ortodoxa Sérvia do Leste dos EUA

Bispo Dom Mitrófam
Baseado em  Pensilvânia, EUA

Missão Ortodoxa Sérvia no Brasil
Responsável, Padre Alexis
Baseado em Recife, Pernambuco

Igreja Ortodoxa da Polônia
Metropolita Savas I
Arquidiocese Ortodoxa Polonesa do Brasil

Missão Polonesa no Brasil
Arcebispo Dom Crisóstomo
Baseado no Rio de Janeiro, RJ



12 comentários:

  1. padre Jose Francisco11 de maio de 2011 às 11:40

    O que eu não entendo é esta situação de pessoas se acharem no direito de dizerem quem é canonica ou não. O que eu acho uma berração é o caso da Ucrania ,onde a igreja a qual chama de canonica nem pertence ao país e sim ao patriarcado de Moscou. Como pode um pais que nem a ucrania não ter seu proprio patriarcado. Por isso eu admiro o patriarca Moises, por ter amor a sua patria e se intitular patriarca daquele país. Chega de Monopolio, basta o monoplolio na ICAR. O problema da igreja ortodoxa é que consagra seus bispos e depois não tem como mantê-los ideologicamente, hoje pensa de uma forma e amanhã ja pensa de outra.Por isso sempre acontece grande insatisfaçõa por parte até mesmo de alguns lideres ortodoxos e até mesmo discordancias entre alguns patriarcados. Como é o caso do patriarcado de Constantinopla e do patriarcado da Russia que deu autocefalia pra algumas igrejas e que outra naõ reconehce. O que devemos viver acima de tudo é o evangelho, só essse é que poderá unir os ortodoxos canonicos e o que alguns dizem não canonicos e porque não também os Romanos catolicos,os Coptas e todo mundo Cristão. Essa é a unidade do evangelho. mais vejo que nesta concepçõa de canonicos ou não canonicos, será impossivel, pois até memso quem pensa de maneira semelhante não conseguimos nos unir ; imagina com os cristão que pensa de maneira sem nehuma semelhança. Deus abençoe e deixo aqui meu email, rodrigues542008@hotmail.com

    ResponderExcluir
  2. Padre josé Francisco11 de maio de 2011 às 11:44

    Antes de tudo, mesmo pensando diferente quero aqui dizer que eu adoro seu blog, pelos eu conehcimento e ricas informações. Pax et Bonum

    ResponderExcluir
  3. Caro Padre José Francisco,

    a Igreja eslava surge em Kiev, capital da Ucrânia, quando o rei Vladimir se batiza e consigo um grande número de eslavos.

    Nessa época não havia separação da Ucrânia e da Rússia ainda. Mais tarde, a capital do país foi de Kiev para Moscou. É por isso que o Patriarcado de Moscou tem jurisdição legítima mesmo fora da Rússia. A abrangência dele é maior e anterior às fronteiras dos estados-nações que surgiram bem mais tarde.

    O problema do auto-proclamado "patriarcado de Kiev" está precisamente no "auto-proclamado", erro inclusive, que milhões de ucranianos fiéis à aliança milenar ao Patriarcado de Moscou (que nasceu em Kiev) reconhecem e por isso não se unem ao pretenso grupo nacional.

    Um patriarcado ucraniano é não somente imaginável como desejável. Mas não feito a força e à revelia do patriarcado nativo da Ucrânia que é o Patriarcado de Moscou. E aí está o nó da questão no seu aspecto formal.

    A canonicidade é importante sim porque Jesus entregou aos Apóstolos e aos seus sucessores as chaves da autoridade na Igreja. O negócio é *mais* do que mera formalidade. O ponto é que é uma questão que, para nós que estamos de fora, é muito nebulosa, muito particular deles e definitivamente cheia de ambiguidades e poréns de todos os lados interessados. Acho que nosso papel deve ser de oração e esperança que a coisa se resolva da melhor forma que aprouver a Deus.

    ResponderExcluir
  4. Quanto ao "direito" de dizer o que é canônico ou não, não é de nenhum indivíduo em particular, mas da Igreja como um todo. Por exemplo, a Igreja Ortodoxa dos EUA ainda não tem seu auto-governo reconhecido pelas demais jurisdições todas. Algumas sim e algumas não. Todas porém reconhecem sua canonicidade. Essa aceitação do 'todo' é precisamente o que constitui a catolicidade da Igreja, já que a palavra não significa "universal" como se diz por aí, mas sim "de acordo com o todo" (kat'holic): o mesmo kata dos nomes dos evangelhos "kata mattias" que significa origem, autoria e "holic" que vem de "holos", o "todo".

    É claro que para analisar bem tem que se ter claro qual é o "todo" da Igreja. O conjunto dos que estão sob o papa segundo a eclesiologia romana, o conjunto dos fiéis, segundo a eclesiologia protestante, ou o corpo teantrópico de Cristo que mantém a fé reta, segundo a eclesiologia ortodoxa. Eu, evidentemente, considerei que a terceira opção era a mais correta, e por isso escolhi me tornar ortodoxo.

    ResponderExcluir
  5. Padre José Francisco Rodrigues6 de julho de 2011 às 04:27

    Carisimo Teófilo, fico honrado pela sua resposta. Muito aprendir com algumas coisas que escrevestes. A unica pergunta que vos faço, pois o senhor não tocou no assunto, é em relação do patriarca Moisés, que por muitos é tido como um farsante, não penso assim, como ja vos falei admiro por demais. Sabemos que este patriarcado(Moisés)tem um numero bastante significante. Também percebo que patriarcados historiocos fazem de contam que não enxergam esse representante ucraniano. Porque é tão dificil reconhecer o trabalho de uma pessoa que no mais intimo do seu coração , só que se sentir um ortodoxo como qualquer um outro representante.?
    Gostaria que se o senhor pudesse e souber me passasse informações atuais sobre esse assunto. Como o patriarca ecumenico e patriarcado de Moscou olha sobre essa questão? E se ja está acontecendo um dialogo para resolução da mesma.
    Desde ja te agradeço e fica na paz. Se puder me enviar por email ficarei bastante agradecido.Pois nem sempre venho aqui no blog.
    rodrigues542008@hotmil.com
    Espero resposta
    padre Jose Francisco

    ResponderExcluir
  6. Caro Padre Francisco,

    Deus nos amou antes do nosso amor por Ele, enquanto nós o odiávamos. Assim é o verdadeiro amor, caminhando junto mesmo quando há diferenças.

    Pessoas como o "patriarca" Moisés, podem dizer que amam a Deus e a Igreja, mas como acreditar se separam do seu corpo canônico? A canonicidade não é uma brincadeira ou um legalismo. Cristo mesmo disse dos Apóstolos: "Aqueles que os recebem é a mim que recebem". A comunidade eclesiástica liderada por Oleg Kulyk não é reconhecida por nenhuma igreja canônica e devidamente: a igreja *nativa* da Ucrânia é a do Patriarcado de Moscou, como reconhecem a maioria dos ortodoxos ucranianos. Essas divisões nacionalistas foram condenadas como heresia de etno-filetismo no Concílio Pan-Ortodoxo do século 19. Como eu disse, em face das novas realidades geopolíticas, seria interessante o surgimento de uma Igreja ucraniana com um patriarca local. Mas a única que tem legitimidade para fazê-lo é o Patriarcado de Moscou. Não amamos nossa família se cuspimos no rosto de nosso pai, não acha?

    ResponderExcluir
  7. padre josé francisco7 de agosto de 2011 às 08:29

    Fico grato com a vossa resposta e até concordo com o que escreveste, porem atitudes mais severas que mudaram e contribuiram para separação no cristianismo fizeram pessoas que nos antecederam. E hoje ficam tentado chorar sobre leite que a muito tempo está derramado. Somos todos vitimas desses que um dia mal representaram nossas igrejas.
    O que eu peço é que DEus ilumine nossos lideres cristão a enxergar algo maior que a dourtina e vivam simplesmente o evangelho e a verdaeira religião que é matar a fome do faminto, visitar enfermos e salvar almas para cristo. No mais é o que peço e agradeço pela vossa atenção para comigo
    Fic na paz, pax et bonum...

    ResponderExcluir
  8. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir
  9. Eis que se condenam com as próprias palavras, a saber "Deus nos amou antes do nosso amor por Ele, enquanto nós o odiávamos. Assim é o verdadeiro amor, caminhando junto mesmo quando há diferenças.

    Pessoas como o "patriarca" Moisés, podem dizer que amam a Deus e a Igreja, mas como acreditar se separam do seu corpo canônico? A canonicidade não é uma brincadeira ou um legalismo. Cristo mesmo disse dos Apóstolos: "Aqueles que os recebem é a mim que recebem". A comunidade eclesiástica liderada por Oleg Kulyk não é reconhecida por nenhuma igreja canônica e devidamente: a igreja *nativa* da Ucrânia é a do Patriarcado de Moscou, como reconhecem a maioria dos ortodoxos ucranianos. Essas divisões nacionalistas foram condenadas como heresia de etno-filetismo no Concílio Pan-Ortodoxo do século 19. Como eu disse, em face das novas realidades geopolíticas, seria interessante o surgimento de uma Igreja ucraniana com um patriarca local. Mas a única que tem legitimidade para fazê-lo é o Patriarcado de Moscou. Não amamos nossa família se cuspimos no rosto de nosso pai, não acha?".
    Tudo pode se usado contra os que se separaram do tronco Católico, os nestorianos, os monofisistas, e, é claro, os constantinoplanos; aos quais se encaixam perfeitamente no que foi dito acima. Há uma linha tênue entre proteger a sã doutrina e monopolizá-la.
    Nosso Senhor advertiu até o apóstolo João que havia proibido alguém que expulsava demônios em Seu Nome (Jesus) mas não era um dos Seus apóstolos, pois quem não colhe com Ele, espalha. Contudo, em todo o Novo Testamento há advertência contra quem provoca separações, e chama à comunhão, à Unidade Cristã. Assim também está registrado nos textos dos pais apostólicos e dos apologistas.
    Esteja Cristo em nós.

    ResponderExcluir
  10. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  11. O que é preciso para se tornar um ortodoxo de uma igreja verdadeira canônica? Deixo meu email: anglicanacatolica@gmail.com

    ResponderExcluir
  12. Opior é que ainda tem católicos que pensam na possibilidade de abandonar a igreja católica apostólica romana. Só ela é a igreja de Cristo . Se Cristo é a cabeça da Igreja, e a Igreja de Cristo subisiste na igreja romana, como pode essas igrejas ortodoxas serem verdadeiras?

    ResponderExcluir