A
doutrina de Aleksandr DUGIN. “Novas associações religiosas da
Rússia de caráter destrutivo e oculto: um guia / Departamento
missionário do Patriarcado de Moscou da Igreja Ortodoxa Russa”.
Boletim
informativo e analítico Nº1 – Belgorod, 2002, 3º
edição, aumentada, 4.9 A
doutrina de Aleksandr DUGIN.
( Link para referência ao livro no Google Books: http://is.gd/462IoK )
( Link para referência ao livro no Google Books: http://is.gd/462IoK )
Guia.
Aleksandr
DUGIN.
Doutrina:
Dentre as
doutrinas neopagãs, as opiniões de A. DUGIN ocupam uma posição à
parte. Em particular, isto se explica pelo status do autor, chefe do
movimento “Eurásia” (pelo fato de ser um dos conhecidos
ideólogos do movimento “Rússia”), por sua colaboração ativa
com o Comitê Islâmico e por ser um político ambicioso.
Seus
ensinamentos, transformados harmoniosamente na ideologia do movimento
Eurásia, não podem ser examinados separados da concepção do mundo
de seu mentor espiritual René GUÉNON, em cuja biografia estão
contidos alguns dados que nos permitem de maneira mais objetiva
avaliar o lado espiritual da doutrina de A. DUGIN.
Além
disso, ficam também esclarecidos o papel e a posição da Igreja
Ortodoxa, elaborados por A. DUGIN em documentos programáticos e
outros escritos relacionados com a organização da OPOD (Movimento
Pan-russo Social e Político) Eurásia e com a criação da futura
União da Eurásia.
Todos os
documentos utilizados para a preparação desta seção foram
publicados em órgãos periódicos públicos de informação. As
opiniões de A. DUGIN, de seus mentores e de seus seguidores foram
tiradas de monografias, almanaques, dos órgãos de informação de
massa por ele dirigidos e de outras edições, distribuídas
basicamente por empresas comerciais controladas pelo movimento
Eurásia e por outras estruturas dependentes do autor.
Sobre
o autor da doutrina:
Aleksandr
Gelevitch DUGIN [1] nasceu em 1962 no distrito de Tcheliabinsk. Seu
pai foi um general que trabalhou na administração central do
sistema de informações do Estado Maior das Forças Armadas da URSS.
O papai general colocou o filho, que não concluíra a Escola de
Aviadores de Moscou, no arquivo da KGB. DUGIN conhece cerca de 10
línguas europeias, e domina a língua hebraica. As pretensões de
A. DUGIN o tornaram, aos 35 anos, o homem número 2 do Partido
Nacional Bolchevique de Eduard LIMONOV. Entusiasmou-se pela maçonaria
e pelo fascismo. Foi inimigo do “Império Soviético”.
Atualmente, defende opiniões totalmente opostas.
Em 1991
foi publicado seu primeiro livro “Caminho do Absoluto” onde estão
expostos os fundamentos de sua orientação religiosa. Em 1992 começa
a editar a revista “Elementos”. Em 1993 publica o best-seller
“Teoria da Conspiração” que se tornou o equivalente do livro de
ação inglês “Caça aos Espiões”. No livro “Teoria da
Conspiração” foi desenvolvido o tema das relações secretas
entre a CIA e a KGB.
Segundo
sua própria confissão, A. DUGIN na juventude intitulava-se “um
fascista místico” e hoje em dia modificou esta denominação para
“fascista ortodoxo”.
A. DUGIN
considera o esotérico francês da primeira metade do século vinte
René GUÉNON (15.11. 1886 – 07.01. 1951) como seu mestre, como
autoridade reconhecida e incontestável, como emissário autêntico
da teoria escatológica, considerando-o a figura chave desse período.
Escreve: “René GUÉNON é o emissário do supremo centro para a
última época, para o período de Kali Yuga, e os princípios da
Tradição por ele formulados (o conjunto dos “conhecimentos não
humanos transmitidos de uma geração à outra pela casta dos
sacerdotes ou por outras instituições semelhantes) servirão de
baluarte de salvação para aqueles que terão que, lutar contra
“este Mundo” e seu “Príncipe”, fazer renascer a Tradição
na sua dimensão autêntica, não humana e “angélical” e,
fechando o ciclo, elaborar os fundamentos sagrados da Idade do Ouro
que se aproxima.” [2]
Um dos
objetos fundamentais das pesquisas de GUÉNON é uma versão da
metafísica, na qual as concepções do hinduísmo exerceram uma
grande influência.
Na
tentativa de justificar GUÉNON (e, por conseguinte, suas próprias
concepções sobre cristianismo), A. DUGIN diz que “a
particularidade do tradicionalismo de GUÉNON faz às vezes com que
os membros conservadores da Igreja considerem erroneamente o
esoterismo e a síntese a que ele se refere como ocultismo e
sincretismo.”[3]
E, 1912
GUÉNON se converteu ao Islamismo e adotou o nome árabe de
Abd-el-Vakhed-Iakhia – Servidor Único.
Mais
adiante [4], todavia, DUGIN indica que “GUÉNON recebeu iniciação
maçônica do neo-rosacruz Theodor REUSS, que foi amigo, companheiro
de armas e responsável pela iniciação de A. CROWLEY”. [5]
Lembremos
que GUÉNON constitui uma autoridade incontestável para A. DUGIN.
O
Neopaganismo à luz das concepções metafísicas de R. GUÉNON e de
A. DUGIN
As
primeiras pesquisas religiosas de A. DUGIN datam do início dos anos
90 do século passado e estão ligadas à fundação do almanaque
“Anjo Gentil”, em cujas publicações são examinadas as fontes
espirituais dos ensinamentos de um novo messias. Eis o que escreve a
equipe de redação nesta edição [6]:
“Nossa
tarefa fundamental ... constitui a restauração da tradição
integral em toda a sua dimensão total ... O almanaque ‘Anjo
Gentil’ combate a favor da restauração do espírito medieval, da
forma de pensar medieval , da religiosidade medieval e da concepção
de estado medieval.” Entretanto, como veremos a seguir, A DUGIN
interpreta estes conceitos “medievais” do ponto de vista do
neopaganismo.
Dentro
dos limites da Tradição mencionada, DUGIN reconhece a primazia
do não ser: “qualquer metafísica tradicional de pleno valor
reconhece a prioridade do não ser sobre o ser”. [7] Aqui está uma
das posições (respostas) da gnose escatológica de A. DUGIN: “O
ser apareceu como prova de que o não ser que o continha antes de sua
aparição não é a última instância, e de que, além de seus
limites está presente o Outro, que não coincide nem com o ser, nem
com o não ser[8]. Do seu ponto de vista o ser “não pode também
afirmar sua própria primazia sobre o não ser, pois contradiria a
verdade, já que o ser puro não é outra coisa senão a tradução
na realidade, sob sua forma lógica, das possibilidade do não ser
que o precedeu.”[9]
De
maneira generalizada a doutrina espiritual de A. DUGIN está
concentrada no almanaque “O Fim do Mundo. Escatologia e Tradição”
(Moscou, Ed. Arktogaia, 1998). O próprio A. DUGIN denomina esta
publicação de “manual de historia da religião”. Todavia, os
aspectos históricos das várias crenças contidas neste trabalho são
apresentados sob seu ponto de vista próprio (e totalmente peculiar).
Isto contradiz definição do livro como obra histórica e lhe
confere um aspecto dogmático. A mistura de concepções cristãs,
runologia, conceitos pagãos, várias teorias da cosmogonia é só
uma pequena lista das liberdades de um diletante para com os
materiais da coletânea.
Ao
inserir na coletânea histórica [10] um capítulo do livro
“Caminho do Absoluto”, (”Gnose Escatológica”), A. DUGIN
constata assim que sua doutrina religiosa já está formada.
Justificando
o surgimento de novas religiões e cultos dentro dos limites da
Tradição, A. DUGIN escreve literalmente o seguinte: “As normas e
as estruturas esotéricas da Tradição se transformam em
conformidade com a situação do ambiente cósmico, e, por
conseguinte, aparecem novas religiões e tradições, novas redações
do culto e novas práticas.”[11]
Esta
afirmação tem consequências de longo alcance. Se o ambiente
cósmico constitui o não ser que gera o ser, então o surgimento de
novas religiões e cultos (possível somente nos limites do ser) é
um fato objetivo (do ponto de vista metafísico) e isto significa que
cedo ou tarde uma nova religião nos limites do Estado da Eurásia
irá aparecer e além disso será absurdo resistir-lhe.
É de se
notar que esta afirmação está inserida na seção do “manual”
consagrada à analise dos ensinamentos religiosos de A. CROWLEY.
Desta
forma, podemos desde já definir a doutrina religiosa de A. DUGIN
como uma interpretação da metafísica do hinduísmo combinada a
conceitos do marxismo ortodoxo. Sob o aspecto linguístico, esta
doutrina reveste a forma de uma terminologia pseudocientífica,
extremamente atraente para diletantes que, como o próprio A. DUGIN,
não concluíram um curso universitário, e que compartilham dos ideais da ideologia comunista.
(Nota do blog - by Saulo: Acho que na época o Dugin não tinha se formado em nada ainda - será que ele dá aulas na Universidade de Moscou sem ter concluído um curso universitário? - "Dugin se apresenta como um acadêmico e filósofo, alegando dois títulos de PhD, mas quem e como lhe concedeu tais diplomas permanece um segredo cuidadosamente guardado [ http://en.metapedia.org/Alexander_Dugin ] )
(Nota do blog - by Saulo: Acho que na época o Dugin não tinha se formado em nada ainda - será que ele dá aulas na Universidade de Moscou sem ter concluído um curso universitário? - "Dugin se apresenta como um acadêmico e filósofo, alegando dois títulos de PhD, mas quem e como lhe concedeu tais diplomas permanece um segredo cuidadosamente guardado [ http://en.metapedia.org/Alexander_Dugin ] )
A
Ortodoxia na interpretação de A. DUGIN
DUGIN faz uma análise da Ortodoxia a partir da posição
tradicionalista de GUÉNON, avançando a tese: “A Igreja Cristã
... se seguir uma orientação tradicionalista e conservadora, em
regra geral, na melhor das hipóteses, constitui o apoio fundamental
para a conservação do aspecto esotérico, ritualístico e
dogmático... . A Igreja ou limita sua atividade não litúrgica por
um moralismo simplificado, ou , o que é pior, tenta ocupar-se da
apologética baseada em teorias fundamentalmente profanas,
contemporâneas e antitradicionalistas, ou ainda, o que é terrível,
tende ao sincretismo, ao ecumenismo e mesmo ao neoespiritualismo mais
baixo....”. [12]
Nas obras de A. DUGIN manifesta-se claramente o efeito da lei da
dicotomia. Por exemplo, a tentativa de pesquisar as crenças
pré-cristãs e pré-ortodoxas da Rússia leva A. DUGIN a conclusões
paradoxais. Eis uma delas: “O Cristianismo não substituiu, mas
elevou e consolidou a fé antiga pré-cristã.” [13
Escreve: “Quando temos diante de nós uma tradição realmente
importante e autêntica, podemos quase sempre descobrir nela seu
transcendentalismo e seu caráter imanente, sendo que esta última
característica constitui sua parte interior e esotérica.”[14], ou
seja, para A. DUGIN o paganismo é também uma suposta Ortodoxia,
todavia melhor e mais original. “O aspecto imanente” é a
concepção mística do mundo de A. DUGIN e de seus seguidores. Esta
concepção provém em particular do fato de que basta pensar em uma
“conspiração” e a ideia de conspiração já se torna realidade
e, na medida, que sou “eu” que penso, então isto é uma
realidade bem mais importante do ponto de vista metafísico do que a
realidade concreta [15]
O “aspecto imanente” não distingue ideias que tem seu fundamento
na vida quotidiana e também as ideias nominais (ou ordinariamente
fictícias), e dá preferência às fictícias. A incapacidade da
tentativa de associar o “aspecto imanente” ao Cristianismo
manifesta-se de maneira particularmente visível na tentativa de
interpretação do Credo, tentada por A. DUGIN, onde ele geralmente
descamba para uma franca heresia[14]. Assim, ele afirma que o Credo
de Niceia é uma profissão de fé com “uma pequena concessão a
preconceitos cristãos”. Além disso, A. DUGIN geralmente chama o
Credo de “Fórmula da Fé [16]. Ao fazer isto, considera que os
primeiros três membros (ou, na terminologia de A. DUGIN, pontos)
fornecem uma imagem absoluta e acabada da metafísica [17]
Nas suas “obras” [18] A. DUGIN simplesmente blasfema ao afirmar
certo aspecto real (existencial ou ontológico) da Trindade. Ele nega
a revelação de que Deus é o criador do mundo e que este sempre
transcende qualquer aspecto material.
DUGIN introduz uma inovação na doutrina da imortalidade da alma.
Escreve em particular: “A Alma, uma forma sutil, tecida de
substâncias da atmosfera, sobrevive ao corpo no qual ela passou sua
vida terrena e pode viver de modo independente mesmo depois da morte
corporal ... Mas o caminho para o céu do espírito ... é impossível
para a alma individual, pois, este mundo, por definição não admite
em si seres revestidos de forma”.[19] Entretanto, de acordo com a
doutrina ortodoxa, Deus cria a alma pelo seu sopro criador [20].
DUGIN em um sentido puramente teosófico insiste na “descoberta
dentro da personalidade humana” de uma substância radicalmente
diferente do velho “eu” habitual do indivíduo. Afirma que esta
descoberta se passa durante o batismo [21]. E nisso A. DUGIN vê uma
saída para a “salvação” do ser humano.
Tal
afirmação contradiz diametralmente a definição de João
Damasceno: “a alma é uma substância viva, simples e incorpórea,
por natureza invisível aos olhos humanos, imortal, dotada de
entendimento e inteligência e não possui uma imagem (forma)
determinada”. Ela age com auxílio do corpo orgânico e
comunica-lhe vida, crescimento, sentimento e força de geração. A
inteligência ou o espírito pertence à alma não como algo diverso,
separado dela, mas como sua mais pura parte. O que são os olhos para
o corpo, assim é a inteligência para a alma. A alma é um ser
livre, dotado de capacidade de vontade e ação. Ela é “suscetível
de mudança por parte da vontade”. [22]
As
concepções e declarações errôneas e por vezes francamente
heréticas de A. DUGIN são complementadas pela runologia, pela
doutrina sobre o caráter cíclico das fases cósmicas e pelas demais
crenças pagãs.
De acordo
com a mencionada lei da dicotomia, utilizada por A. DUGIN largamente
para elaborar os seus trabalhos, chega à conclusão inevitável de
que existem dois tipos de hinduísmo segundo GUÉNON – um bom e um
mau. O “mau” é o ocidental e o “bom”, o oriental,
supostamente ortodoxo. A. DUGIN vê “um futuro brilhante” para a
ortodoxia com a combinação do princípio esotérico da Igreja (isto
é, com a organização eclesiástica) com a gnose esotérica pagã.
Esta abordagem, como ele descreve, abre “possibilidades ilimitadas
para uma compreensão profunda e inesperada da ortodoxia russa”[23].
Assim, A. DUGIN afirma que na pessoa dos “heréticos gnósticos”
já existe um fundo de ortodoxia, faltando somente o aparato
metafísico. Por isso, o único caminho consiste em adotar a religião
tradicional e, em seguida, tentar, no âmbito desta religião,
penetrar pela prática espiritual, ritual e intelectual nos seus
aspectos esotéricos interiores, nos seus mistérios” [24]. A.
DUGIN aconselha que, “para que os gnósticos não se submetam à
influência das ideias cristãs, estes devem aspirar a minimizar a
dimensão humana, terrena e secular da Igreja ..., é
indispensável a despeito de tudo insistir na totalidade mística e
na perfeição da Igreja, destacando seu aspecto atemporal, benéfico
e transformador”[25]. Além disso, pensa que: “ a tarefa
fundamental para se aplicar os princípios do tradicionalismo
integral ao cristianismo e, em particular, para a ortodoxia,
pressupõe tornar-se um seguidor imediato e ortodoxo de GUÉNON”
[26].
Isto nada
mais é que um apelo à criação dentro da ortodoxia de uma nova
tendência (seita), isto é, uma tentativa de um simples cisma.
A. DUGIN
evidentemente desconhece que a mantenedora da verdadeira tradição –
a Igreja – se protege e se protegerá com antecedência contra
sociedades secretas no seu seio. Ele apresenta a situação de tal
forma que pelo seu desejo pode juntar à Igreja suas convicções
pagãs.
Segundo a
opinião audaz de A. DUGIN, “Se nós fomos resgatados pelo Cristo,
então, em princípio em nós não há pecado, e é necessário
ir corajosamente para o mundo da deificação e não contar
meticulosamente suas imperfeições” [27]. Pela mesma razão
coloca-se em dúvida um lado fundamental da vida espiritual como o
arrependimento, como a confissão, em outras palavras, o leitor é de
fato conclamado a uma recusa voluntária de participar nos mistérios
mais importantes da Igreja, que constituem uma parte obrigatória da
vida ortodoxa.
“A
revolução religiosa é vista por DUGIN como a preservação de
todos os aspectos dogmáticos, rituais, doutrinários e simbólicos
da fé ortodoxa. Esta revolução, porém, destrói aquelas
contribuições intelectuais, de caráter nobre e protestante ou de
soviético conformista, e mais frequentemente de fundo liberal, que
erroneamente são assimilados hoje em dia com a Igreja e que afastam
dela muitas pessoas dignas, fortes e nobres de tendência
revolucionária” [28].
Por seus
objetivos, A. DUGIN aproxima-se dos chamados modernistas, adeptos de
Kotchetkov, de Men, de Borisov e de Jeludkov - e semelhantes. Ele
tenta de modo persistente “assimilar” a ortodoxia ao paganismo, e
os modernistas acima citados vão ao seu encontro, expondo a
ortodoxia dentro deles, e também no espírito e na alma de seus
adeptos. “Este homem se colocou fora da Divindade e da lei humana,
escolheu para si um ponto de vista fora do bem e do mal, acima da lei
e da felicidade” [29]. E se os representantes das correntes
renovadoras acima enumeradas seguem o caminho de uma suposta
simplificação, DUGIN, ao contrário, com todas as suas forças
esforça-se para tornar o evidente incompreensível e ambíguo,
utilizando para tanto o aparato conceptual e linguístico da
metafísica.
Podemos
supor que as doutrinas religiosas de A. DUGIN constituem uma
compilação de crenças ocidentais (protestantes) e orientais
(hindus). Não possuem nenhum fundamento espiritual da ortodoxia e
não podem ser consideradas uma doutrina religiosa completa no
sentido atribuído a este conceito pelos homens de ciência –
teólogos e filósofos.
Posição
de A. DUGIN com relação ao Islamismo
Uma das
primeiras medidas oficiais tomadas pelo movimento “Eurásia” foi
uma conferência sobre o Islamismo “Ameaça do Islã e ameaça para
o Islã”. A conferência realizou-se no dia 29 de junho de 2001 no
prédio do “Hotel-Presidente” sob a presidência do porta-voz da
Câmara de Deputados, G. Seleznev, do grão mufti da Rússia Talgat
Tadjuddin e de A. Dugin (nesta época ele tinha-se tornado
conselheiro de Seleznev para questões de geopolítica). Um número
especial da “Revista da Eurásia” foi consagrado às relações
do Movimento com o Islã. A Divisão de relações exteriores da
igreja ortodoxa do Patriarcado de Moscou publicou nas páginas desta
edição um artigo do padre Vsevolod (Tchaplin), artigo este que
ocupa apenas um pouco mais de 5% do volume total da revista.
Cabe
notar que em todos os artigos sobre o Islã não há qualquer
referência às numerosas manifestações extremistas dos
pseudomuçulmanos. Além disso, no artigo [31] do autor permanente do
jornal, Khoj-Akhed Nukhaev, propõe-se a criação “no território
da Chechênia meridional uma casa comum da Eurásia, uma organização
construída segundo os princípios da doutrina dos cãs tártaros
(reunião dos muçulmanos, cristãos e judeus e todos os homens de
boa vontade, prontos para submeter-se a esta organização em torno
de uma missão comum de revitalização da Terra e cura da alma da
humanidade contemporânea).
As ideias
de Kh-A. Nukhaev estão bem próximas das de DUGIN. Por exemplo, ele
propõe construir o Estado da Eurásia em duas etapas:
Na
primeira etapa será fundada a CUEA – Confederação Unificada dos
Estados Autoritários.
Na
segunda, ela se transformará na Casa Comum da Eurásia.
Podemos
imaginar que o Islamismo é mais próximo de DUGIN como fundamento
espiritual da ideia de Eurásia. São interessantes as reflexões de
DUGIN a respeito da “terceira capital” [32]. Ao examinar o papel
desempenhado pelas cidades de Kiev, Moscou e São Petersburgo na
história da Rússia, ele, notando o fato de que na Rússia moscovita
a etnia torna-se particularmente grã-russa, designa este estado,
todavia, como turco-eslavo. Do seu ponto de vista, a capital
ideal da Eurásia seria Kazan. Para confirmar suas palavras, escreve:
“Ivan o Grande (Terrível) apresenta-se com o legítimo herdeiro
da vontade geopolítica da Horda de Ouro, como um tzar especialmente
grão-russo, no qual as raízes eslavas se unem com o sangue tártaro
sob o estandarte da ortodoxia bizantina”. Ele considera que “o
Tartastan representa o modelo de uma entidade federativa da Eurásia.
Graças ao impulso tártaro, turco, os russos se conscientizaram como
grão-russos, separando-se para sempre do modelo pequeno-russo de
Estado. O elemento tártaro é o fator mais importante tanto para a
etno-gênese dos grão-russos como para a forma de governo – para a
gênese da própria Rússia – Eurásia”. E, finalmente, a
afirmação mais interessante: ”O Islamismo dos cãs tártaros é
valioso para a Eurásia não como “uma forma incompleta de
ortodoxia”, mas como a variedade ortodoxa do Islamismo. E,
inversamente, para o Islamismo ortodoxo não há tradição mais
próxima do que a Igreja Ortodoxa” [33].
A. DUGIN
considera que os métodos metafísicos servem não só para o estudo
da ortodoxia, mas também para o do Islamismo. Assim, ele cita a
coincidência da opinião do conhecido metafísico muçulmano Gueidar
Djemal com a sua própria: “O Fim é mais fundamental do que o
começo ... A Negação é a mais fundamental de todas as
realidades”[34]. É revelador que este artigo de A. DUGIN foi por
ele publicado no jornal dos comunistas russos “Amanhã” nº 21
(338) no ano 2000. Ao fazê-lo, A. DUGIN revelou um total
desconhecimento com um documento analítico com “Jiad do povo
tártaro na Rússia”[35], no qual a “proximidade” agressiva do
Islã com a ortodoxia foi refletida em mais de uma acepção.
Se
levarmos em conta o apelo de A. DUGIN para a superioridade da união
com os estados muçulmanos, e a possível tomada do poder por eles da
União Européia, surge então a seguinte pergunta:
Qual
mecanismo A. DUGIN propõe utilizar para prevenir a repetição da
situação que hoje em dia se formou no Afeganistão (tem-se em vista
o julgamento de missionários cristãos pelos talibãs)?
Levando-se
em conta que, segundo as palavras do Cheiq-ul-Islam Talgat Tadjuddin,
a população muçulmana manifesta seu pleno apoio ao presidente
Putin, podemos com segurança considerar que ela também assim
procederá para com a A. DUGIN, que abertamente demonstrou uma
posição favorável em relação às ações do dirigente do país.
Posição
em relação à maçonaria contemporânea
Na
concepção de A. DUGIN, a maçonaria é em princípio “um
movimento iniciático bom, dividido pela influência de forças
exteriores num ramo ruim “egípcio” e num bom, cristão e
escocês”[36]. Por esta afirmação, A. DUGIN revela sua total
incompreensão da teoria maçônica, que nega qualquer religião como
base da existência espiritual da sociedade.
Apesar
disso, oferece certo interesse a conversa que teve A. DUGIN (ele
neste caso se apresentou como autor do almanaque “Anjo Gentil” –
AG) com o chefe do ramo francês da “Ordem dos Templários
Orientais” (mais tarde reformada por A. CROWLEY), um tal irmão
Marcion (Christophe Bouchet) [37] quando da sua chegada na Rússia.
Examinando
a ação dos maçons no decurso de alguns séculos, o irmão Marcion
analisa o lado oculto da ação da SS na Alemanha de Hitler,
considerando que “a maioria dos trabalhos dedicados à pesquisa do
nacional-socialismo são simplificações vulgarizadoras que aspiram
a apresentá-lo como o um mal absoluto”. Ele, baseado nas
publicações de Savitri Devi Mukherji, esposa do brâmane Mukherji,
considera que “no interior no Nacional-socialismo existiu uma
evidente tendência messiânica”.
Nesta
mesma passagem, o irmão Marcion afirma que “tudo o que se diz
ter-se passado nos campos de concentração nazistas (e também nos
stalinistas) não passa de um enorme exagero”. (Evidentemente o
irmão Marcion desconhece os materiais do julgamento de Nurenberg).
Segundo a
confissão do irmão Marcion, seções de lojas maçônicas existem
em muitos países da Europa Ocidental, incluindo a Iugoslávia, onde,
há alguns anos, o número dos seguidores de Crowley era muito
grande. À pergunta relacionada com a fé dos maçons ele responde
literalmente assim: “Eles creem no poder e na necessidade de
dominar, subjugar e governar a si próprios”.
As
teorias de Crowley à luz do enfoque metafísico de A. Dugin
A
tentativa mal dissimulada de conciliar a ortodoxia com crenças que
lhe são opostas deve-nos por de sobreaviso. Neste sentido, A. DUGIN
até tenta demonstrar que A. Crowley não é perigoso para qualquer
crença como geralmente é descrito. O autor produz uma série de
citações que justificam Crowley, tentando provar que ele é somente
um dos mais importantes pesquisadores (filósofos) dos nossos tempos.
Tal atitude para com o “messias” do satanismo é mais do que
reveladora, como também o fato de que, analisando a doutrina de
Crowley, ele põe a palavra “satanismo” entre aspas.
Exteriormente tenta tomar a posição de um analista independente das
diversas crenças, sobre as quais a coletânea contém informações.
Na base das reflexões de A. DUGIN também se encontram aqui as
concepções metafísicas de Guénon, bem conhecidas por ele. Opondo
iniciação e contra-iniciação, ele pensa que “as mais terríveis
e sérias deturpações e dessacralizações cabem às pessoas com as
melhores intenções, convencidas que são ortodoxas e portadoras do
bem mais evidente”. E mais adiante: “Na maioria das vezes os não
conformistas religiosos ( “hereges” , “satanistas”) buscam a
plenitude da experiência sagrada, que os representantes da ortodoxia
não podem lhes oferecer. Não é culpa deles, mas seu infortúnio, e
a verdadeira culpa cabe àqueles que permitiram que sua autêntica
tradição se transformasse em uma fachada superficial detrás da
qual não há simplesmente nada. E talvez precisamente estas forças
e grupos suspeitos caminham para a realidade profunda, enquanto que
os profanos que permanecem na periferia por todos os meios criam
obstáculos” [38].
Por meio
de reflexões corriqueiras, A. DUGIN chega mais adiante à conclusão
de que o papel “dos satanistas” (ou da Ordem de Seth) na divisão
das igrejas ortodoxa, católica e protestante é simplesmente
insignificante: pois a formação de A. Crowley se deu no seio da
irmandade protestante de Plymouth, cujo propagador foi seu pai. É
interessante a seguinte afirmação de A. DUGIN: “todas as vezes
que Crowley acentuava o seu “satanismo”, só expressava uma
clara compreensão do valor de sua posição diante do campo
metafísico que ele conscientemente abandonara. E nada mais”.
Desta forma, a doutrina espiritual de A. Crowley se reduz somente a
uma negação dos dogmas do protestantismo. Por este mesmo
raciocínio, deixa entender que desconhece algo de maléfico nos
satanistas russos e na atividade de seitas semelhantes em muitos
países do mundo. Mais do que isso, propõe considerar A. Crowley
como “herege da heresia”, “um Anticristo no seio do
anti-cristianismo”, e que é especialmente indispensável levar em
conta, ao se avaliar Crowley, seu autêntico significado para a
Rússia [39].
Em outras
palavras, A. DUGIN culpa o próprio cristianismo pelo aparecimento
das concepções anti-cristãs de A. Crowley: a identificação que
Crowley faz de si próprio com o “Anticristo” “não era para
ele a expressão do caráter destrutivo de sua missão, mas tão
somente uma assimilação de denominações e títulos para provocar,
no contexto cultural cristão; títulos estes que os profetas
cristãos atribuem, no âmbito de seu contexto religioso (a religião
de um Deus que morreu e ressuscitou) a “profetas de uma nova era”
[40] que lhes são incompreensíveis”. E de maneira geral, do ponto
de vista de A. DUGIN, o próprio A. Crowley de modo “reflexo” e
irônico descreve sua magia sexual em termos de Anticristo. Isto é,
toda a doutrina de Crowley se reduz a um gracejo! Neste ponto
é oportuno lembrar algumas formulações de Crowley em um de seus
livros relativo aos sacrifícios humanos: “dependendo dos objetivos
místicos devem ser executados esfaqueamentos, espancamentos até a
morte, afogamentos, envenenamentos, decapitações, estrangulamentos,
autos da fé etc.” [41], ou ainda “O sangue lunar é o melhor,
também o é o menstrual, o sangue fresco de uma criança e um
fragmento da hóstia sagrada, em seguida, o sangue dos inimigos,
depois o de um sacerdote ou de um crente e, em último lugar, o
sangue de um animal qualquer” [42]. A. Crowley também recomenda:
“O objeto mais conveniente para estes casos é uma criança de sexo
masculino, inocente e intelectualmente desenvolvida (“Apontamentos
mágicos do irmão “Perturabo” – pseudônimo litúrgico de A.
Crowley)”. Dá entender que no período entre 1912 e 1928 ele
executou tais sacrifícios numa média de até 150 ao ano [43].
E a parte
final do artigo. “Impossível excluir a possibilidade de que o seu
negativismo mais repulsivo e evidente, sua antinomia e sua “natureza
maléfica” estejam mais próximos da verdade e nos ajudem a
adquirir orientações espirituais corretas, pois, não é verdade
que o caminho do paraíso esta revestido de maus
pensamentos”?[44].
Ao que
foi dito não é possível acrescentar mais nada. É verdade, ainda,
que no livro “O Fim do Mundo” foi integrada totalmente a obra
fundamental de A. Crowley “O Livro da Lei”, o que pode ser
considerado uma forma de propaganda para os seguidores de A. DUGIN.
Tentemos
formular as posições religiosas de A. DUGIN a partir da breve
análise dos materiais acima examinados:
- Visão do mundo contrária à Ortodoxia, baseadas na primazia do não ser sobre o ser, com emprego do aparato conceptual e linguístico da metafísica.
- Presença na sua doutrina de concepções diretamente ligadas à visão do mundo hindu (tantrismo, metafísica indiana), e também com elementos da Teosofia que refletem as opiniões de R. Guénon (iniciado na Maçonaria, supostamente na Ordem reformada dos Templários Orientais – ou Ordo Templi Orientis, a O.T.O.).
- Apelos para “uma reforma” da Ortodoxia, em particular por meio da erosão da Ortodoxia como verdadeira crença, da introdução no interior da Igreja de seus inimigos, da liquidação das tradições ortodoxas, da sua submissão ao Islã e, no final das contas, sua destruição pelo emprego do aparelho administrativo da famigerada União da Eurásia. Como etapa intermediária, uma utilização conjuntural da Ortodoxia para atingir seus próprios objetivos políticos no confronto com os partidários da aliança atlântica na marcha para uma real dominação do mundo.
- Uma evidente preferência pelo Islã em detrimento das outras crenças religiosas, no seio de uma relação condescendente para com a maçonaria e o satanismo.
- A crença religiosa de A. DUGIN ao contrário das outras doutrinas religiosas tradicionais está dirigida para uma classe social de elite. Para sua compreensão exige-se um preparo específico, em particular de natureza filosófica. E isto coloca esta crença na categoria das ideologias ocultistas e místicas em função da critica que faz das posições conceptuais das principais religiões do mundo.
- A arbitrariedade na interpretação dos postulados fundamentais do Cristianismo e uma difusão deste tipo de material através de fontes de informação publicamente acessíveis colocam A. DUGIN fora dos muros da Igreja.
O centro de distribuição
da doutrina de A. DUGIN é a loja “Transilvânia” (sita em
Moscou, à Rua Tverskaia 6/1 5, telefone 229-87-86/33-45, site
www.arktogaia.com). Citemos o
conteúdo deste site publicado no jornal:
- Filosofia
- História das religiões
- Geopolítica
- Metafísica
- Sociologia
- Economia
- Culturologia
- Politologia
- Oneirologia
- Psicologia das profundezas
- Runologia
- Geografia sagrada
- Teoria da conspiração
- Análise dos acontecimentos correntes
- Versão na rede das publicações periódicas da Eurásia, links para mensagens, fórum.
Nas
instalações da “Transilvânia” se encontra também a loja
“Artogaia-2”, onde estão expostos praticamente todos os
trabalhos de A. DUGIN, bem como obras fundamentais sobre um vasto
círculo de problemas de teologia, política e economia (em
particular as obras de G. Wirth, A. Crowley e outros apologistas das
crenças anticristãs, os documentos programáticos do movimento
“Eurásia” e suas publicações periódicas).
Tendo-se
em conta as posições atuais de A. DUGIN, líder de um movimento
social populista, podemos supor que, no futuro próximo, a base e a
esfera de difusão de sua doutrina irá ampliar-se pelo uso das
possibilidades oferecidas pela Câmara dos Deputados e pelo Conselho
da Federação e por meio de suas possibilidades editoriais e
gráficas. Sobretudo, deve-se esperar um visível apoio do governo
para o conglomerado editorial “Arktogaia”, e o emprego de outros
meios de informação de massa que deverão fazer propaganda da
doutrina de A. DUGIN. Já hoje em dia a base gráfica, utilizada para
a impressão dos trabalhos do movimento “Eurásia”, é o complexo
de produção gráfica “VINITI”, um das mais modernas e poderosas
empresas editoriais no sistema de distribuição de informação de
caráter técnico-científico e social da Rússia.
BIBLIOGRAFIA.
Referente
à seção: “A doutrina de Aleksandr DUGIN”:
- Serguei RIUTKIN. “O crítico Dugin”// Internet, www.russ.ru,9.06.98.
- “Anjo Gentil” – Moscou. Atogaia, tomo 1, 1991, pag. 10.
- Ibidem, pag. 29.
- A. Dugin. “O Fim do mundo. Escatologia e tradição”. Moscou. Artogaia, 1998, pag. 359.
- Ibidem, pag. 47.
- Ibidem, pag. 1.
- “Anjo Gentil”, Artogaia, Tomo 1, 1991, pag. 23.
- A. Dugin. O Fim do mundo. Escatoçogia e tradição”. Moscou. Artogaia, 1998, pag 19.
- Ibidem, pag. 19.
- Ibidem, pag.17.
- Ibidem, pag. 365.
- A. Dugin. “O Fim do mundo. Escatologia e tradição”. Seção “O tradicionalismo de Guénon” .
- A. Dugin. A Igreja cristã”. Moscou.Artogaia, 1998, pag. 29.
- A. Dugin. “O Mistério da Eurásia”. Moscou. Artogaia, 1996, pag. 19.
- A. Dugin “O grande problema metafísico e a tradição”. Anjo Gentil. Moscou. Artogaia, 1991, tomo 1, pag. 23.
- R. Verchillo. “Contra o novo paganismo” “Tver ortodoxa”, nº 7-8, 199.
- “O esoterismo cristão”. Anjo Gentil. Moscou. Artogaia, 1991, tomo 1, pag. 67.
- A. Dugin. “O Fim do mundo. Escatologia e tradição”. Moscou. Artogaia, 1998, pag. 225.
- “O esoterismo cristão” Anjo Gentil. Moscou. Artogaia, 1991, tomo 1, pag. 67.
- Ibidem, pag. 68.
- A. Dugin. “A metafísica da boa nova”. Moscou. Artogaia, 1996, pag. 12.
- Ibidem, pag. 33-34.
- Arquimandrita Alípio e arquimandrita Isaías. “Teologia dogmática – ciclo de conferências”. Mosteiro de Troitsko Serguievo, 2000.
- A. Dugin. “A metafísica da boa nova”. Moscou. Artogaia, 1996, pag. 148.
- A. Dugin. “O mistério da Eurásia”. Moscou. Artogaia, 1996, pag. 55.
- Ibidem, pag. 245-246.
- A. Dugin. “O fim do mundo. Escatologia e tradição”. Moscou. Artogaia, 1998, pag. 29.
- Ibidem, pag. 10.
- Ibidem, pag. 10.
- Roman Verchillo. “Contra o novo paganismo” (“A propósito das obras de A. Dugin”). Tver ortodoxa, nº 7-9, julho-agosto de 1999. (Mensageiro do centro de informações e análise do prelado Mark, bispo de Éfeso (fascículo 13).
- Khoj-Akhmed Nukhaev. “Não estamos interessados na derrota da Rússia”. Resenha sobre a Eurásia, fascículo especial, pag. 4.
- A. Dugin. “A terceira capital”. Na coletânea: “A doutrina da Eurásia: teoria e prática”. Moscou. Artogaia, 2001, pag. 39.
- Ibidem, pag. 44.
- A. Dugin. “O grande problema metafísico e a tradição”. Anjo Gentil, tomo 1, Artogaia, 1991, pag. 22.
- I. N. Lotfullin e F. G. Islaev. “O jiad do povo tártaro na Rússia”. Kazan, 1998, pag. 156.
- A. Dugin. “Teoria da conspiração”. Moscou. Artogaia, 1991, tomo 1, pag. 48.
- Ibidem.
- A. Dugin. “O fim do mundo. Escatologia e tradição”. Seção: “Teoria geral da conspiração”. Moscou. Artogaia, 1998, pag. 209.
- Ibidem, pag. 366.
- A. Dugin. “O fim do mundo. Escatologia e tradição”. Moscou. Artogaia, 1998, pag. 362.
- Ibidem, pag. 366.
- A. Crowley. “A magia – teoria e prática”. Tomo 1. Edições Lokid-Mif, pag. 167-177.
- Ibidem, pag. 384 (citação do livro de Crowley: “O livro das leis”, parte 3, versículo 24”.
TRADUÇÃO:
Luiz Heitor Guimarães
Obrigado ao amigo Saulo por disponibilizar a versão em português para este blog.Esta condenação foi em 2002, de forma "indireta" através de uma publicação do Dep. Missionário do Patriarcado. Com o cara sendo protegido pelo Putin, infelizmente, uma excomunhão explícita talvez ainda demore. Mas o patriarcado já disse: tem bico de pato, pena de pato, pé de pato, rabo de pato, nada que nem pato, anda que nem pato e grasna que nem pato.
Louvável o sólido embasamento do texto apresentado.
ResponderExcluirBom que o Patriarcado de Moscou condenou Dugin. Isso servirá para, se não silenciar, pelo menos fazer certas pessoas reverem suas opiniões sobre a Igreja Ortodoxa Russa, a qual acusavam de compartilhar do plano eurasiano.
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