domingo, 30 de janeiro de 2011

São Savas



Nascido em Mutalaska, perto de Cesaréia na Capadócia de cristãos piedosos chamados João e Sofia, no ano de 439.  Seu pai era um comandante militar. Viajava para Alexandria comumente e como sua esposa ia com ele, o menino ficava com o tio. Quando atingiu oito anos de idade, entrou para o monastério de S. Flaviano, que era ali perto. A criança rapidamente aprendeu a ler e tornou-se um expert nas Santas Escrituras. Foi em vão que seus pais pediram que Retornasse ao mundo para casar-se. Quando fez dezessete anos, recebeu a tonsura monástica e atingiu uma tal perfeição no jejum e na oração que recebeu o dom dos milagres. Em 456, depois de passar dez anos no monastério de S. Flaviano, viajou até Jerusalém, e de lá para o monastério de S. Euthymius, o Grande (20 de Janeiro). Mas S. Euthymius enviou S. Savas para o Pai Theoctistus, líder de um monastério próximo que praticava uma rígida regra cenobita. S. Savas viveu em obediência neste monastério até a idade de trinta anos. 



Depois da morte do Ancião Theoctistus, seu sucessor deu a S. Savas a benção para isolar-se em uma caverna. Nos sábados,ele deixava seu heremitério e vinha ao monastério, onde participava dos ofícios divinos e comia com os irmãos. Depois de certo tempo S. Savas recebeu a permissão para não deixar o seu herimitério nunca, e ali lutou na caverna por cinco anos. S. Euthymius atentamente guiava a vida do jovem monge, e vendo sua maturidade espiritual, começou a levá-lo para o campo selvagem de Rouba. Eles partiram no dia 14 de janeiro e ali permaneceram até o Domingo de Palmas. S. Euthymius chamava S. Savas de criança-ancião,e o encorajava a crescer nas virtudes monásticas. 


Quando S. Euthymius adormeceu no Senhor (+473), S. Savas partiu da lavra e mudou-se para uma caverna perto do monastério de S. Gerasimus do Jordão (4 de março). Em 478, mudou-se novamente para uma caverna nas colinas de Kedron Gorge, ao sudeste de Jerusalém. Seu heremitério foi a base para a fundação do monastério que mais tarde recebeu seu nome (Lavra Mar Saba) e conhecido nas fontes antigas como a Grande Lavra. Depois de muitos anos, discípulos começaram a reunir-se em torno de S. Savas, buscando a vida monástica. Como o número de monges crescia, a lavra surgiu. Quando um pilar de fogo surgiu diante de S. Savas enquanto caminhava, ele encontrou uma caverna espaçosa o suficiente para ali construir uma igreja. 

Em 491, o Patriarca Salustius de Jerusalém ordenou-o padre. Em 494, o patriarca nomeou S. Savas o arquimandrita de todos os monastérios da Palestina. 

S. Savas fundou diversos outros monastérios, incluindo a Nova Lavra, a Lavra de Hepstastomos e Hepstastomos. Muitos milagres ocorreram pelas orações de S. Savas: na Lavra, uma fonte d'água surgiu; durante uma época de seca ocorreu chuva abudante, e também houveram curas de doentes e possessos. S. Savas compôs a primeira regra monástica de ofícios da igreja, o chamado "Typikon de Jerusalém", que se tornou aceito por todos os monastérios palestinos. S. Savas faleceu em sua lavra, no dia 05 de dezembro de 532, e está enterrado em uma tumba no jardim entre duas antigas igrejas no meio do que sobrou do grande monastério Lavra Mar Saba. Suas relíquias foram levadas para a Itália no século XII pelos cruzados, mas foram devolvidas ao monastério pelo Papa Paulo VI em 1965 em gesto de boa- vontade com os Ortodoxos. S. Savas foi um campeão da causa ortodoxa contra os movimentos monofisitas e origenistas de sua época, pessoalmente chamando a atenção dos imperadores em Constantinopla, Anastásio I em 511 e Justiniano em 531, influenciando-os a se oporem aos movimentos heréticos. 

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