sexta-feira, 5 de junho de 2015

Ateísmo e Ortodoxia na Rússia Moderna


por Metropolita Hilarion (Alfeev)


Tradução Fabio L. Leite



Nesta fala, buscarei delinear a história do ateísmo na Rússia durante os últimos cem anos. Começarei apontando o tipo de ateísmo presente na Rússia antes da Revolução. Então direi alguma coisa sobre o desenvolvimento do ateísmo durante o período soviético. E finalmente concluirei com algumas observações concernentes à natureza do ateísmo russo pós-soviético.



Gostaria de iniciar com as seguintes questões. O que aconteceu para que o país conhecido como "Santa Rússia", com uma longa história de Cristianismo Ortodoxo, fosse transformado pelos bolsheviques em um período bem curto de tempo no "primeiro estado ateu do mundo?" Como é possível que as mesmas pessoas que aprenderam religão no ensino médio da década de 1910, com suas próprias mãos, destruíssem igrejas e queimassem santos ícones na década de 1920? Qual é a explicação para o fato de que a Igreja Ortodoxa, que era tão poderosa no Império Russo, fosse reduzida a quase zero pelos seus ex-membros?



Devo logo dizer que não posso interpretar o que aconteceu na Rússia de 1917 como um acidente, a tomada de poder por um pequeno grupo de vilões. Ao contrário, entendo a revolução russa como o resultado final de um processo que se desenvolvia no cerne da sociedade pré-revolucionária, e portanto, em medida considerável, dentro da Igreja russa, já que não há separação entre Igreja e sociedade. Eu alegaria que a revolução russa foi cria tanto da monarquia russa quanto da Igreja. As raízes do ateísmo pós-revolucionário devem ser buscadas na sociedade russa pré-revolucionária e na Igreja.



Já se disse que na Rússia houve batismo mas não houve iluminismo. De fato, no que tange ao século 19, fica claro que o iluminismo comumente estava em conflito com a religião: as massas de camponeses analfabetos mantinham suas crenças tradicionais, porém mais e mais pessoas educadas, até as que viviam em contexto puramente religioso, rejeitavam a fé e se tornavam atéias. Chernyshevsky e Dobroliubov são exemplos clássicos. Ambos vieram de famílias clericais, ambos tornaram-se ateus depois de estudarem em seminários teológicos. Para tipos como Dostoyevsky, a religião era algo que precisava ser redescoberta, depois de tê-la perdido como resultado de sua educação. Tolstói, por outro lado, chegou a um certo tipo de fé, mas continuou alienado da Igreja Ortodoxa. Fica claro quando estudamos o período pré-revolucionário, que havia uma enorme lacuna entre a Igreja e o mundo das pessoas educadas, a assim chamada intelligentsia, e tal lacuna apenas aumentava.



Mas às vésperas da revolução, tornava-se cada vez mais claro que o ateísmo tinha invadido também as massas das pessoas comuns. Berdyaev escreveu que naquela época, a baba(vovó) russa de vida simples, que supostamente devia ser religiosa, já não era realidade, mas um mito: a vovó era agora niilista e atéia. Eu gostaria de citar um pouco mais deste grande filósofo russo. Ele escreveu o seguinte em 1917, meses antes da revolução de Outubro:



"A nação russa sempre considerou-se cristã. Pensadores e artistas russos estavam inclinados até mesmo a tomá-la como uma nação que é cristã par excellence. Os eslavófilos pensavam que o povo russo vivia pela fé ortodoxa, a qual é a única fé verdadeira, contendo toda a verdade.. Dostoyevsky pregava isso. A nação russa é portadora de Deus... mas quando a revolução aconteceu... ela revelou o vazio espiritual do povo russo. Esse vazio era resultado de uma escravidão que tinha durado tempo demais, de um processo de degeneração do antigo regime que fora longe demais, de uma paralização da Igreja russa e uma degradação moral das autoridades eclesiásticas que durara demais. Já há muito tempo o sagrado fora exterminado da alma do povo tanto pela esquerda quanto pela direita, as quais prepararam essa atitude cínica em relação ao sagrado que agora se revela de modo tão grotesco".



Berdyaev culpa o regime czarista e a Igreja Ortodoxa pelo que aconteceu em 1917. Deixando de lado o primeiro, examinemos o papel da Igreja no período pré-revolucionário. Por um lado, ela ainda era a igreja do estado, extremamente poderosa e influente, penetrando em todos os níveis da vida em sociedade. Ainda existiam santos vivos, como João de Kronstadt e a vida espiritual florescia, pelo menos em alguns mosteiros. Por outro lado, a Igreja era governada por autoridades civis, ou até por figuras exóticas como Rasputin, e é verdade que estava paralizada em grande medida.



Recordo-me de ter lido um livro do Padre George Shavelsky, que fora protopresbítero das Forças Armadas Russas sob Nicolau II. Ele era membro sênior do Santo Sínodo, e dava seu testemunho de que o Sínodo estava realmente muito longe da vida do povo, que fazia muito pouco, se é que fazia, para evitar que a propaganda atéia se espalhasse entre as pessoas comuns. Para mostrar como era bem pouco o que restava da devoção tradicional do povo a Deus, Shavelsky cita o seguinte exemplo: quando um decreto imperial especial determinou que comparecer à Liturgia não era mais obrigatório para os soldados russos, apenas dez por cento deles continuaram indo à Igreja.



Outro testemunho do mesmo tipo é o do Metropolita Veniamin (Fedchenkov), que se tornou bispo do Exército Branco depois da revolução. Ele escreve que nenhum dos alunos da Academia Teológica de S. Petersburgo, onde ele havia estudado, sequer iam ver o Pe. João de Kronstadt, e que alguns de seus alunos eram ateus. Ele descreve uma atmosfera de frio espiritual dentro da Igreja Ortodoxa, uma falta de espírito profético. Ele diz quenão foi por acaso que surgiram pessoas como Rasputin: em um ambiente geral de indiferença quanto a religião, ele era uma figura carismática e assim foi aceito pelas autoridades eclesiásticas, que então o dirigiram até o palácio imperial.



O terceiro testemunho que gostaria de trazer aqui é de um tipo mais pessoal, é o do Pe. Sergei Bulgakov. Ele era filho de padre,e depois de estudar em um seminário teológico, tornou-se ateu, seguindo os passos de Chernyshevsky e Dobroliubov. Em suas notas autobiográficas, ele se pergunta como isso pôde acontecer, e responde: "Aconteceu, de alguma forma, quase de repente, e de maneira imperceptível, como algo tido por certo, quando a poesia da minha infância foi substituída pela prosa do seminário teológico... quando comecei a duvidar, meus pensamentos críticos não estavam satisfeitos com a apologética tradicional, mas ao invés, a consideravam escandalosa... minha revolta era fortalecida pela devoção compulsória: aqueles ofícios compridos com acátistos, e rituais devocionais no geral, não me davam satisfação nenhuma." O Pe. Bulgakov desistiu de sua religião facilmente, sem luta, e nem suas origens sacerdotais, nem sua educação teológica o ajudaram a resistir a tentação do ateísmo e do niilismo.



O quadro que temos quando lemos as memórias dos que viveram o período pré-revolucionário é de um profundo declínio na crença religiosa. Embora o Cristianismo Ortodoxo ainda fosse mantido como religião oficial da monarquia russa, tanto a sociedade como a Igreja estavam fatalmente contaminados pela descrença, pelo niilismo e pelo ateísmo. Até os seminaristas, futuros padres, oscilavam entre a religião e o ateísmo. Muitos cristãos comuns, se não a maioria, não tinha fé nenhuma, e foram eles que se voltaram contra a Igreja assim que a participação nela deixou de ser encorajada. A Igreja de uma só vez perdera a grande maioria de seus membros e continuou com um rebanho pequeno constituído dos que estavam dispostos a morrer por Cristo.



Sabemos o que aconteceu com tais fiéis da Igreja. Ou foram executados ou severamente perseguidos, e apenas alguns dentre eles sobreviveram.



Houve uma certa melhora na situação da Igreja durante e depois da II Guerra Mundial, mas a Igreja nunca recuperou a posição dentro da sociedade russa que ocupara antes.



Que tipo de ateísmo foi imposto ao povo russo pelo regime soviético? Não foi de fato descrença: foi, ao invés, uma crença muito forte na não-existência de Deus, em um futuro feliz nesta vida, na infalibilidade do partido comunista e de sua ideologia materialista. A figura quase-divina de Lênin (por muitos anos ao lado de Stálin, mas depois apenas ele) era dominante por toda parte, em todos os lugares, em todas as salas de todos os prédios públicos, fossem jardins de infância ou universidades, lojas ou hospitais. Lênin como deus, o partido único como única igreja, seus líderes (o Politbureau) como uma assembléia de santos, os trabalhos de Lênin como a Bíblia, etc. O povo soviético não recebeu ateísmo, mas uma pseudo-religião, uma religião do Anticristo. Assim Berdyayev estava bem correto em falar do caráter religioso do socialismo e ateísmo russos. Em que medida foi essa ideologia atéia aceita pelo povo, ou melhor, quantas pessoas aceitaram essa ideologia e qual porcentagem era capaz de resistir? Nas décadas de 1920 e 1930 o ateísmo russo viveu seu estágio mais militante: era muito ativo, agressivo e envolvia as massas do povo. No fim da década de 1960, porém, já tinha perdido muito do seu entusiasmo inicial: era tido como certo pela maioria, mas já não era seguido com fanatismo e zelo. Assim, em termos da qualidade do ateísmo russo, são os anos de 1930 que devem ser considerados seu clímax, mas quanto a números, acho que serão encontrados mais nas décadas de 1960 e 1970. Durante os 1930 ainda existiam as babushki (vovózinhas), que guardavam secretamente a fé que tinham herdado da época do tsar. Mas no fim dos 1970s, as vovós pré-revolucionárias já tinham na maioria morrido (com isso me refiro às que foram educadas antes da revolução), e seu lugar era tomado por aquelas que cresceram dentro do regime ateu.



Posso ilustrar o que disse sobre a qualidade do ateísmo russo com exemplos da minha própria família. Todos os meus avós nasceram antes da Revolução, mas foram educados depois dela: nenhum deles era um crente. Mesmo na década de 1980, quando quase todos os membros mais jovens da minha família, um depois do outro, vinham à Igreja para serem batizados, meus avós se mantiveram fora desse processo. Uma das minhas avós me disse uma vez: "Eu me sinto como Robinso Crusoé na sua ilha desabitada: todo mundo a minha volta vai à Igreja, e eu não." Ela tinha sido membro do Partido Comunista por mais de 50 anos e, suponho, na década de 20 deve ter sido uma atéia militante. Mas no início dos anos 80, de quando eu me lembro dela, ela não sentia nada contra a religião, mas nada em favor dela também. Seu ateísmo tinha se tornado completamente passivo: era tido como garantido e ela não pensava nisso.



Meus pais cresceram na sociedade atéia das décadas de 40 e 50 e nunca foram ateus militantes. Já em sua juventude rejeitaram a ideologia soviética e buscavam a verdade fora dela. Mas ainda existia uma pressão tremenda sobre eles por parte da sociedade na qual tinham que sobreviver, e tinham medo constante de que sua descrença na ideologia fosse descoberta e que eles seriam punidos. Minha mãe veio para o Cristianismo em meados da década de 70, mas não podia praticar sua religião abertamente. Ser abertamente religioso ainda significava ser expulso da sociedade atéia, e talvez perder o emprego. Foi em alguma casa secreta, e não em uma igreja, que eu fui batizado.



Eu cresci entre as décadas de 70 e 80, o qual certamente foi um período de declínio do ateísmo russo. Mas ainda era perigoso praticar a religião abertamente: por exemplo, eu teria sido expulso da minha escola, uma escola musical de elite, se tivessem descoberto que eu ia à igreja. Durante os onze anos de estudos naquela escola, eu não vi nenhum pupilo que fosse abertamente religioso. Era dado por certo que todo mundo era ateu.  Ao mesmo tempo, muitos dos meus colegas não compartilhavam a ideologia oficial e tinha idéias muito liberais: estavam afastados da Igreja, mas muitos deles também não acreditavam nas idéias comunistas também. Ainda era difícil acreditar abertamente em Deus, mas já era bem possível não acreditar na ideologia. A atmosfera na minha escola era bem tolerante, embora o nível oficial de ideologia comunista era mantido.



Assim, embora eu tenha crescido sob o regime ateu, eu nunca fui tão pressionado a ponto de não ser capaz de resitir: ao contrário, lembro de uma total ausência de medo e um maravilhoso sentimento de liberdade. Portanto, não fico surpreso que tenha sido predominantemente pessoas da minha geração que foram para as ruas de Moscou em agosto de 1991 para se despedir do regime comunista. Eles não estavam com medo porque cresceram durante o período de declínio e decomposição da ideologia comunista.



Uma das principais razões para a falência da ideologia atéia soviética foi que as pessoas simplesmente não acreditavam mais nela. Quando o ateísmo perdeu seu caráter religioso, tornou-se vazio e perdeu seu poder muito antes de ser oficialmente abandonado. 



E qual é agora, em resumo, a situação do ateísmo e da religião na Rússia, depois do colapso do sistema soviético?



Parece-me que, embora o número de crentes tenha aumentado enormemente nos últimos anos, a Rússia ainda está longe de ser um país cristão. Batizar-se, ser ortodoxo, tornou-se uma moda. Não me surpreenderia se a maioria das pessoas, quando perguntadas se são ortodoxas, dariam agora uma resposta positiva. Isso não significa, porém, que todas elas vão à Igreja. Significa apenas que a maioria deles adotou uma nova identidade exterior para se harmonizarem com o tal "reavivamente religioso". Eu lembro de perguntar uma adolescente que veio com sua mãe para ser batizada: "Você acredita em Deus?" "Não", foi o que ela respondeu. Tive então que perguntar, "Por que então você quer ser batizada?" "Bem, todo mundo tá se batizando hoje em dia", ela disse. Esse caso, um de muitos, ilustra que muitas pessoas vivem a religião de um modo muito superficial, às vezes até sem acreditar em Deus. Continuando interiormente ateus, tornam-se externamente ortodoxos.



A última pesquisa de opinião na Rússia mostra que embora exista um número relativamente pequeno de ateus convictos, cristãos praticantes estão longe de ser uma maioria. A maioria dirá "acredito em alguma coisa". Reconhecemos que existe algo "sobrenatural", mas também dizem que a fé religiosa não tem um papel muito importante em suas vidas. Existe um outro paradoxo: nem todas as pessoas que dizem ser ortodoxas acreditam em Deus. Alguns chegam a participar de organizações e movimentos ortodoxos sem praticar a religião.



Falar de um reavivamento religioso na Rússia contemporânea se tornou um lugar comum. Mas as pessoas divergem no entendimento do que significa esse reavivamento. Certamente há um reavivamento externo: muitas igrejas, mosteiros e escolas teológicas tem sido reabertas, os prédios estão sendo restaurados. Mas ainda é cedo para falar de uma restauração da alma russa. Não existe uma melhora da moral na Rússia contemporânea. Ao contrário, temos que admitir que os padrões morais tornaram-se ainda mais baixos do que costumavam ser sob os soviéticos. Não é isso uma indicação de que não existe um reavivamento interior da vida cristã, que as pessoas não adotam o cristianismo como uma norma de vida? Não é uma evidência gritante do fato de que o longamente esperado arrependimento, a metanóia como uma mudança de mentalidade para melhor, ainda não ocorreu na Rússia?



Alguns atribuem essa repentina degradação dos padrões morais à influência ocidental: é do Ocidente degenerado que vêm a pornografia, a prostituição e todo tipo de imoralidade. Esta é a nossa fuga: culpar a todo mundo, menos a nós mesmos. Mas a realidade é que, como Berdyaev disse em 1918, 'por amargo que seja... o povo russo é hoje menos religioso que muitos povos do ocidente... a cultura religiosa da alma nele é mais fraca.' Isso é verdade se por cultura religiosa entendermos não a participação em alguma organização ortodoxa de direita, mas primeiro de tudo viver de acordo com as normas da moralidade cristã.


Quando a 'perestroika' começou, a Igreja foi desafiada por expectativas muito altas da sociedade. Muitos acreditavam que a Igreja seria capaz de assumir o papel de liderança no reavivamento espiritual da nação. Temos que admitir que isso não aconteceu. A Igreja começou a "reviver" reconstruindo as paredes dos mosteiros (o que é uma tarefa realmente importante e difícil), mas não respondeu adequadamente à necessidade da iluminação moral e religiosa do povo. Os líderes da Igreja ganharam acesso às autoridades civis, mas até agora foram incapazes (com alguams exceções) de ganhar acesso ao povo comum, especialmente os que estão fora da Igreja. A Igreja Ortodoxa ainda está fechada em si mesma; ainda está mais ocupada com seus próprios problemas internos do que com as demandas espirituais da sociedade moderna.  No fim, as seitas protestantes ocidentais tomaram a iniciativa de iluminar os ex-ateus, e não é de surpreender que com sua atitude direta e algo insistente, estejam ganhando a simpatia de mais e mais pessoas comuns.



O ateísmo russo pode muito bem morrer algum dia, mas isso irá acontecer quando além de ter sido batizado, o país seja iluminado e nasça de novo. 



A Igreja Ortodoxa deve ter um papel central nesse renascimento espiritual. Mas isso só pode acontecer depois que ela se tornar verdadeiramente uma igreja da nação e não do estado, seja lá qual estado for. Ela deve ser uma igreja da nação, do povo. Para se tornar isso, a Igreja deve sair de sua concha, deve aprender a falar a língua que o povo fala, deve encarar as demandas da sociedade e respondê-las adequadamente.


No presente, nossa igreja luta para encontrar sua nova identidade na Rússia pós-comunista e pós-atéia. 



Existem, em minha opinião, dois perigos principais. O primeiro é o retorno a uma situação pré-revolucionária, onde havia uma Igreja do estado que se tornou cada vez menos uma igreja da nação. Se, em algum ponto do desenvolvimento da sociedade, tal papel for oferecido à Igreja pelo estado, seria um enorme erro aceitá-lo. Nesse caso, a Igreja será novamente rejeitada pela maioria da nação, como o foi em 1917. Os 70 anos de perseguição soviética foram uma experiência de fogo purgatorial para a Igreja russa, do qual ela deveria ter saído completamente renovada. O erro mais perigoso seria não aprender com o que aconteceu e retornar a uma situação pré-revolucionária, como alguns membros do clero desejam fazer hoje em dia.



O segundo erro é o da Ortodoxia militante, o que seria a contra-parte pós-atéia do ateísmo militante. Refiro-me a uma Ortodoxia que quer lutar contra judeus, contra maçons, contra a democracia, contra a cultura ocidental, contra o iluminismo. Esse tipo de Ortodoxia tem sido pregada até por membros chave da hierarquia, e tem muitos apoiadores.  Esse tipo de Ortodoxia, especialmente se ganhar apoio do estado, pode forçar o ateísmo russo para as catacumbas, mas temporariamente. Mas ele não desaparecerá até que haja uma transfiguração da alma, e a necessidade de viver de acordo com o Evangelho se torne a única mensagem da Igreja Ortodoxa russa.



Sua Eminência, o Reverendíssimo Metropolita Hilarion (Alfeyev) de Volokolamsk é bispo na Igreja Católica Ortodoxa russa, presidente do Departamento de Relações Exteriores da Igreja, membro permanente do Santo Sínodo do Patriarcado de Moscou, teólogo, historiador da Igreja e compositor. É também autor de diversos livros sobre teologia dogmática, patrística, e história da igreja, com artigos em várias  línguas, bem como compositor para coro e orquestra.

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